Flagelo russo |
Europa Oriental católica: esperança para uma Europa Ocidental decaída
Posted: 20 Aug 2017 01:30 AM PDT
Em discurso pronunciado diante de uma exultante multidão polonesa reunida em Varsóvia, o Presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu a luta do Ocidente contra o "terrorismo islâmico radical" como forma de proteger "nossa civilização e nosso modo de vida". A pergunta de Trump foi concebida para ter um eco positivo e ressoar na Europa Oriental, escreveu Giulio Meotti, editor cultural do jornal italiano Il Foglio. Foi uma surpresa, um choque. Nossos jornais nem sequer conseguiram reagir. Alguns títulos mais avisados tripudiaram, mas inutilmente, observou Meotti. Revide único e importante: alguns dias mais tarde, a União Europeia anunciou que começaria os procedimentos para punir a Polônia, a Hungria e a República Checa por se recusarem a aceitar migrantes.
Mas Trump chamou a Polônia de "nação devota" e as revistas católicas dos EUA saudaram o "despertar cristão" na Europa Oriental. É "óbvio" que a Polônia e a Hungria não sofrem ataques islâmicos porque têm pouquíssimos muçulmanos, ao passo que na Bélgica e no Reino Unido acontece o inverso, constatou Meotti. A Europa Oriental entende melhor a cultura cristã ocidental que a própria Europa Ocidental. E em face do perigo russo é mais generosa com a OTAN que seus colegas ocidentais muito mais ricos, como a França e a Alemanha. A Polônia é um parceiro confiável, aliado dos EUA, suas tropas lutaram contra os talibãs no Afeganistão e ajudaram a derrubar Saddam Hussein. Trump escolheu a Polônia, um país que lutou contra o nazismo e o comunismo, para conclamar o Ocidente a mostrar um tantinho de disposição em sua luta contra o totalitarismo do Islã radical. "O Ocidente é forte militarmente, mas fraco ideologicamente. Falta-lhe confiança civilizacional", assinalou William Kilpatrick, professor no Boston College.
Europa Ocidental tem necessidade disso. Do contrário, a Europa toda será entregue aos invasores do Sul e do Leste, concluiu o diretor cultural de "Il Foglio". Uma observação se impõe: do que adiantou meio século de opressão marxista na Europa Oriental? O triunfo do materialismo operário de Marx, Lenine e Stalin deveria ter apagado a própria lembrança da religião católica nesses países. Mas um imenso boomerang histórico, religioso e cultural voa agora rumo aos países onde se formou a civilização cristã. Nesses há um inicio de afervoramento católico. Mas quão pobre se comparado ao proveniente desses países católicos outrora pisados pela bota russa! É difícil prever o futuro. Mas do passado poder-se-ia dizer que o período do pós-concílio foi mais nocivo ao Cristianismo que toda a atividade do Pacto de Varsóvia. Mas esse movimento moralmente negativo parece estar se invertendo. |
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